18 de dezembro de 2008
Death and all her friends
A questão é que, até então, eu acreditava que a pena desses crimes se aplicava somente à mim, afinal, se me acusarem de ser egoísta, posso não confessar, mas meu advogado deverá ser o diabo de bom. Só agora me toquei que era tudo ilusão... Quem mais se machuca nessa história não sou eu, e sim as pessoas que mais importam para mim.
Em minha defesa, só posso alegar uma coisa: Falha de Equipamento...
Meu telefone e minha casa sempre estiveram a disposição de quem precisasse conversar e eu sempre fui toda ouvidos. Absorvi anos de desabafo, choros e ira... Compartilhei algumas alegrias também... Mas não hoje, não ontem e não nos últimos meses. Eu continuo me importando, continuo preocupada e continuo pensando numa maneira de ajudar... Mas como ajudar os outros ou até mesmo ouvir se não tenho conseguido cuidar de mim mesma?
Então, antes que eu cometa algum outro crime, aviso a todos que meu ombro estará temporariamente em manutenção. Ainda à disposição de quem precisar, mas estejam avisados do mau funcionamento. Vou antecipar a revisão das 30 milhas porque obviamente o equipamento está com defeito.
9 de dezembro de 2008
Escrever
É desnudar-se entre panos soltos ao vento.
Expor-se, abrir portas trancadas pelo tempo.
Arrancar as verdades escondidas.
Mostrar-se aos poucos...
lentamente...
num doce mistério.
Controlar o incontrolável em frases curtas,
como rédeas.
Perder-se na força da sentença,
na obsessão da pontuação.
Na complexidade da oração...
para depois descobrir-se nas palavras escritas,
repousando
tranquilamente
em quem as lê.
Musse
(texto cedido por uma grande nova amiga do sul do país)
Pessoalmente acho que ela captou bem o sentido do ato escrever e do que realmente procuramos quando tentamos passar alegrias, tristezas ou frustrações do subconsciente para o consciente...
enquanto minhas ideias não fluem, faço como o Yanni (que meu pai tanto gosta) me cerco de gente boa e vou seguindo o ritmo... hehehe
1 de dezembro de 2008
Terapia...
28 de novembro de 2008
SHHH
Margarida has a strange appeal
26 de novembro de 2008
Tentando fluir...
29 de outubro de 2008
28 de outubro de 2008
História de um emprego
Mas de repente percebi que as duas últimas postagens foram minhas e então resolvi calar meus dedos.
Minha vida também não é lá essas pitangas, por isso acho que devemos nos comunicar mais como um grupo de amigos deve fazer...
See you
15 de outubro de 2008
Fora Gráfico
"Eu pensava que já tinha levado todos os “foras” possíveis dos caras. Já deixaram de me ligar, já me deram bolo, já me deram chá de sumiço, mas essa foi demais!!! Levei um fora tão detalhado que veio até com um gráfico. Foi um desses “foras” bem dado, sabe? Daqueles que nem te dá o privilégio da incerteza: “será que ele está terminando comigo?” Não, não, não... Foi um “fora” bem explicado, com linha do tempo e curva de tendência.
No eixo X, tem-se o nível de envolvimento que começa no zero e vai até 10. No eixo Y, a linha do tempo. Já tem 60 dias que a gente se conhece. E este é o gráfico: meu nível de envolvimento num ritmo frenético de crescimento. Em questão de dias já chegava no nível 10. O nível de envolvimento dele também cresceu 100%. De 1 para 2. A surpresa, porém é que a curva dele está "em queda. De 2 caiu pro nível zero outra vez! E como se a humilhação não fosse suficiente, o gráfico veio com sugestão de comportamento para o futuro: “é importante que a curva do seu envolvimento caia para você não sofrer e para podermos preservar a amizade”.
Pode???
Fiquei sem reação. Falar o quê, depois de um “fora” desses??
O jeito é partir para outra... quer dizer pra outro... talvez procurar alguém menos analítico da próxima vez ."
14 de outubro de 2008
Matemática para usuários de elevador...
Depois vieram com uma história racista e segregadora de que os números se dividiam em conjuntos e podiam ser negativos, uma lição muito importante que a gente custa a aplicar na hora de ir às compras. Nesse estágio do meu aprendizado matemático, o 0 (zero) não era mais um mero acompanhante do 1. Agora ele o elemento neutro! Aquele que separava os números negativos dos positivos, a pedra fundamental - o início de tudo. Com o tempo a gente envelhece e a coisa vai ficando meio irracional, e acabamos descobrindo que não só nossas vidas ficaram complexas como os números também!
E o tal do elevador? Onde entra nessa história?
Bem...
Digamos que você entra no elevador e se depara com aquele painel cheio de botões que normalmente se iniciam no P (de portaria), depois 1, 2, 3, etc... Como a tia do primário nos ensinou. Se você entra num elevador assim, é um cara de sorte! Agora, digamos que o seu elevador é de uma safra mais recente, e que no lugar do P (de portaria) colocaram um baita 0 (zero), que pode até vir acompanhado de um -1 para substituir o G (de garagem). Até aí tudo bem, né? É... Mas e quando no lugar do P (de portaria), do G (de garagem) ou do M (de mezanino), resolvem colocar 0 (zero) e 00 (zero zero)? Ou o mais trágico de todos -0 (zero negativo?????)? Os ancestrais da "tia Olga" numa dessas devem ter saculejado seus esqueletos em seus caixões! Quem vem primeiro? Ou melhor, onde vou parar se decidir descer no nível 00 (zero zero)?
6 de outubro de 2008
Eleições e o calor...
jacs levou a namorada para votar no Arenópolis a 60km de Iporá lá é digamos a "Entrada do Inferno" se em Iporá o calor é de matar e secar, literalmente, no "Areia" é 10 vezes pior lá o calor não existe lá existe o fogo e o enxofre!
jacs não fala mal dos habitantes e do povo de lá porque senão eu poderia atingir o brio de alguns leitores e nem tenho muito o que falar, só dizer que lá o calor é fogo que arde e se sente parafraseando aqui certo autor...
jacs almoçou na casa de uma tia e divagava: sim eu estou derretendo!! Água, coca qualquer coisa gelada não apagava o meu fogo interior mal conversava pois o esforço já fazia suar. Comi bastante, mal acabei e o aumento do metabolismo me fez suar mais e mais...
Sobre os candidatos estes sim dariam um enorme post falarei rapidamente: o tal da direita é semi-analfabeto e o mais curioso, todos os dias o comitê do "homi" era aberto a todos e tinha cerveja, pinga e forró a vontade. Uma amiga da namorada de jacs disse: o povo lá "suadim" no rala-cocha e tomando umas numa segunda-feira. O tal da esquerda é igualmente rico porém na opinião de alguns sabe administrar muito bem e é digamos "mão fechada" começou trabalhando em fazenda dos outros ate construir seu pequeno império.
Nem preciso dizer ambos vem da industria do campo e tiram seus proveitos dela e o mais interessante nenhum deles realmente precisaria de um salário de prefeito afinal seria um trabalho a mais por muito pouco a receber, além de ouvir as "lamurias" do povo pedindo isso e aquilo... uma coisa constatei todos querem o poder dinheiro sem isso não deve ser muito interessante.
Como não tenho nem um nem outro... fico só observando e escrevendo sobre como se conformar e ser feliz. Quem sabe viro politico algum dia mas primeiro vou ter umas aulas de retórica com o Muller...
5 de outubro de 2008
Plástico, Isopor e Papelão...
O fato de ser mineiro ilustra o sofrimento que foi ter saído de casa e enfrentado a vida na capital. Sozinho (sem minha mãe), desprotegido (sem minha mãe), e fragilizado (sem minha mãe), fui obrigado a aprender algumas coisas: cozinhar, lavar roupa e limpar casa. Mentira! Não aprendi nada disso. Vivo por aqui comendo porcaria, lavando roupa na lavanderia e pagando alguém pra limpar minha “kit” de vez em quando.
Falando em comer porcaria, desnecessário dizer que passei a me relacionar freqüentemente com a praticidade do “fast food” e das comidas entregues a domicílio. E com isso descobri três novos sabores: plástico, isopor e papelão.
O "sabor plástico" é o mais comum, e vem sempre acompanhado por aquele ligeiro cheiro de lubrificante de motor. O "sabor isopor" é mais discreto, quase imperceptível. Já o “sabor papelão” varia de acordo com a qualidade da loja, desde aquele papelão mole e pouco consistente que embrulha as pizzas de uma “famosa” pizzaria aqui da capital até a caixa rígida e elegante que serve de receptáculo para o transporte das esfirras renomadas de um blockbuster alimentício do país.
Obviamente, tais variações de gosto e aroma são “upgrades” dos efeitos já vivenciados pelos usuários das remotas marmitas e, posteriormente, do vanguardista – para a época – marmitex.
Garanto que não estou sendo cínico...
Não entendo por que texto pequeno precisa de introdução....fica tão esquisito...um dia falo mais sobre o lance de ser mineiro...
26 de setembro de 2008
.....
Esse verso é um espinho na alma de quem, como eu, tenta em vão controlar o tempo. Às vezes me pego pensando... e aí... o relógio me dá uma rasteira. Acordo seis e meia da manhã, planejando chegar mais cedo no trabalho, mas de repente já é oito e meia e eu ainda não cheguei!!!??? Nem moro tão longe assim, mas só consegui sair às oito e quinze... será que só eu acho que o tempo é como o leite, que só ferve e transborda quando a gente não está olhando?
Pois é, o tempo é o meu leite no fogo... e eu tento vigiar constantemente....perda de.... tempo.
Mas em velórios o tempo quase pára. Talvez porque tenha um morto no meio da sala, não sei...
post estranho.... fluxos mentais descontrolados hoje... paciência...
21 de setembro de 2008
Orkut: ame-o ou deixe-o
Uma das vedetes dessa popularização é o blockbuster chamado ORKUT que apesar de ser um site de relacionamentos, vez ou outra age como pivô de desentendimentos e até rompimentos. O orkut é praticamente uma entidade onipresente. Como todos podem e têm acesso, nele encontramos perfis de cães, gatos, personagens de animação e objetos. Há os que são populares e possuem 1.000, 2.000 amigos e outros que se contentam em manter menos de 50.
E como todo espaço democrático, há sempre uma cadeira reservada à senhora hipocrisia. Quando esta entra em cena, é uma maravilha: recados elogiosos e de felicitações deixados por pessoas que passam por nós todo santo dia e sequer são capazes de olhar nos nossos olhos, ou então a básica espiadinha no "orkut" alheio só pra se atualizar do que está acontecendo do lado de cá.
Orkut: EU AMO! Porque é justamente nesse ambiente aparentemente neutro que as pessoas se denunciam, às vezes basta olhar as fotos e vídeos. Em outros casos, temos mesmo é que interpretar o que somos ali e o que tentamos ser na vida real.
18 de setembro de 2008
17 de setembro de 2008
CRIANÇAS E A ESPONTANEIDADE...
Sábado atípico sozinho na grande Capital fui abandonado por duas pessoas que nunca deveriam ter o feito, lamentos a parte o que segue a partir daqui são uma seqüência de fatos no mínimo curiosos.
Na noite anterior contatei Salamandra requisitando asilo durante o sábado já que estaria sozinho, justifiquei que devido a assuntos relacionados a trabalho minha “digníssima” haveria de me deixar de lado.
No outro dia saímos cedo eu e ela com destinos traçados, o meu porem incerto já que certeza nunca foi ponto forte em Salamandra, cheguei e comprovei que o meu destino era mesmo incerto. Todos saíram de casa fiquei sem rumo, estava à mercê da Salamandrinha, e foi ela a protagonista desta historia (com H ou sem, deixo em aberto porque posso estar sendo Hollywoodiano) yeah.
Salamandra:
- Assuntos urgentes me aguardam no meu trabalho, preciso ir, você vem!?
Sinceridade, eu não queria ir ou mesmo ver o trabalho alheio. E isso se tornou obvio quando uma coleção de DVDs surgiu como uma saída mais que a francesa...
Jacs:
- Ahh não. Eu fico por aqui.
Uma gota de suor minou, ajudada pelo calor infernal da capital, mas com certeza foi da frase que eu falei em seguida a responsável pela aventura que se seguiu...
Jacs:
- Eu fico com a Salamandrinha....
Admito fiquei com a pequena porque o DVD foi promissor. Mais que rapidamente Salamandra saiu à francesa para evitar possíveis cenas que geralmente crianças de certa idade protagonizam.
Jacs:
- Salamandrinha, fica aqui brincando perto de mim!
Claro foi em vão o que eu disse, fique no “vácuo” depois dessa frase, e lógico após isso um incessante corre-corre ocorreu no apto ia de lá pra cá porque a pequena nunca se satisfazia em um cômodo apenas. Em vão tentei persuadi-la com um brinquedinho de montar daqueles que vem de brinde. Derrotado deixei que ela corresse e fizesse o que quisesse.
Continuei a ver o filme, e fui interrompido por um pedido...
- jacsinhoooooooo pega aqui pra mim!?!??
Pensei agora ou vou ver o filme em capítulos curtos ou a tecla “pause” desse DVD Player vai pifar... já que não tinha sido a primeira vez que tinha parado os acontecimentos do filme pela mesma tecla.
- Pega isso aqui pra mim!? (Apontava ela ingenuamente uma pasta dentro da estante que, por sinal, estava bem acondicionada e fechada)
Ponderei e pensei a pequena pode estar me usando para fazer algo proibido já que ela tem consciência de que eu não moro aqui e podia favorecê-la em algo ilícito. Pensei um pouco mais tentei tirar essa idéia das vistas dela, mas não consegui. Ao abrir o armário vi que se tratava de álbuns de figurinhas inocentes e achei um forte atrativo ao encontrar um caderno de rabiscos, tinha tudo sob controle.
Peguei os pequenos decalques e falei para a mesma colar no caderno e fazer um “bonito” desenho na mesma pagina. Pronto. De volta ao DVD.
Fui novamente interrompido, o telefone, troquei uma idéia com o parente na outra linha e tentei novamente persuadir salamandrinha a falar com tal. Preciso dizer, foi em vão de novo... fui ao quarto e fui mais persuasivo a pequei pela mão e a levei dizendo coisas que crianças gostam de ouvir.
- É o pirata que quer falar, você tem certeza que não quer falar com ele!?? (claro consegui de primeira!!!)
Tentei distinguir a conversa, só ouvia algo sobre uma roupa preta, óculos pretos e coisas pretas, a pequena estava inquieta ao telefone falava chutava o sofá, ria em alguns momentos nada com muito sentido e/ou lógica.
Ate que o mais diferente aconteceu. Ela continuava a falar às vezes ficava calada escutando, talvez refletindo. Cansada pela monotonia e pela vontade de voltar aos desenhos, ouvi a frase que todos nos adultos deveríamos ter a coragem de dizer sem medo ou incerteza.
- Então chega!...
Salamandrinha largou o telefone num rápido golpe, porque não dizer ninja, levantou-se e saiu pulando de volta ao quarto sem ao menos dar um tchau ou um ate logo ou ate um liga mais tarde. Fiquei estático sem palavras peguei o telefone e falei.
- Sem chance de trazê-la de volta. Ela deve estar cansada (enrolei).
Eu percebi tudo, os objetivos imediatos são os mais visados pelas crianças elas não estão de todas erradas, mas quem não gostaria de fazer isso uma ou duas vezes durante a semana no trabalho!???
Continuei a ver o DVD fui interrompido por outros pedidos...
Ponderei sobre a manhã e percebi crianças detém uma ingenuidade sem limites e tão pura que me deu uma ponta de inveja.
16 de setembro de 2008
O caso da mala
Mais um domingo em casa.
Mais um domingo sentada em seu sofá, assistindo o Fantástico.
Mas, no corredor um barulho chama sua atenção.
- Deve ser aquele moço esquisito chegando com a namoradinha. Como pode? Uma mocinha tão simpática namorar um rapaz tão sem jeito?
Dona Maricota não conseguia se esquecer do dia em que flagrou o tal "rapaz sem jeito" atendendo o entregador de pizza com apenas uma toalha enrolada na cintura. Para ela, tal comportamento denunciava um caráter desleixado e suspeito. Logo, ela não conseguia compreender como a "mocinha de sorriso simpático" era capaz de namorar aquele sujeitinho.
Sem demora, correu para a porta para observar pelo olho mágico o que seria aquela movimentação suspeita. Quando viu o que havia no meio do corredor, seu sangue gelou...
- Sempre suspeitei daquele mal encarado! Meu Deus!
Ali, bem em frente ao apartamento 207, uma mala preta. Dentro dela, Dona Maricota contava como certo:
- Boa coisa não é!
Mil coisas se passaram pela sua cabeça, talvez influenciada pelas recentes notícias divulgadas na TV - chegou a temer pela moça simpática.
- Meu Santo Ignácio! Pobrezinha!
Como não havia movimento no corredor, aproveitou, abriu sua porta e correu para o apartamento da outra vizinha, virando o corredor à esquerda.
- Celestina, criatura de Deus! Tem uma mala no meio do nosso corredor! Se achegue e veja! Foi aquele moço! Eu vi tudo, mulher!
Estava histérica, a pobre. Já Celestina, tinha a cabeça feita, fora casada duas vezes! Não teve filhos, mas sabia muito bem que a juventude é sempre transviada...
- Calma, senhora... É só uma mala!
- Só uma mala? Onde você vive, Cristo?! Só uma mala... Onde já se viu! - E seguiu falando, xiando e criando tantas teorias que a única saída seria concordar com ela.
- Tudo bem, senhora Maricota. Vamos ver a tal mala.
Quando chegaram ao local onde a mala tinha sido desovada, uma surpresa! Para desespero de Dona Maricota, a mala havia sumido! Evaporou-se no ar!
- Minha Virgem Santa! Cadê a mala? Estava bem aqui que eu vi!
- Calma que nós resolvemos isso num instante... É só perguntar pro vizinho da frente se ele sabe de alguma coisa...
- Deus me livre e guarde!
- Olha só... É só bater à porta...
- Jesus! - E correu corredor afora, entrando no seu apartamento e batendo a porta logo atrás. Mas é claro que apesar do medo, Dona Maricota não perderia esse encontro por nada. Grudou o rosto no olho mágico e atiçou os ouvidos. Dali, não conseguia ver muita coisa, mas pelo menos dava pra ouvir o que era dito.
- Oi, me falaram que tinha uma mala aqui no corredor e foram correndo me avisar... Não sabiam de quem era...
- .... é minha já peguei tens uns 15 min!
- Ahhh, tá... É que foram me avisar e falaram para eu vir ver o que era que tinha acontecido, então ta TUDO certo né!??
Mas é claro que não estava! Como poderia estar? Uma mala no corredor... Isso não está nada certo... Se ele já pegou, então é porque tem algo errado, com certeza! Tem que puxar mais conversa com esse moleque pra descobrir a verdade... - pensava Dona Maricota do outro lado da porta.
- Sim...
- Boa noite então, tá...
- Tá... - e fechou a porta para encerrar o assunto.
Irada com o desfecho morno dessa história dominical, Dona Maricota gritou consigo mesma:
- Síndica medrosa! Da próxima vez eu mesma baterei à porta desse desajustado para descobrir a verdade! Ah, se não vou!
15 de setembro de 2008
Agulha no Palheiro
Depois de algum tempo, quando me tornei mais reflexivo um pouco, comecei a me perguntar o que justificaria a presença de uma agulha num palheiro, e aí me veio a resposta óbvia, porém oculta sob a distorção cognitiva dos ditados populares e lugares comuns: procurar agulha num palheiro não significa uma tarefa difícil, somente, mas também (e na maioria das vezes) procurar algo no lugar errado.
Minha tese parece inútil, e talvez até seja mesmo, mas quantos de nós não ouvimos frases relacionando a busca da “mulher/homem ideal”; do “político honesto”; do “apartamento perfeito” à expressão “como encontrar agulha num palheiro”?
Bom, não vou gastar muito tempo nisso, até mesmo porque esse tema, embora inútil, geraria variantes infinitas relacionadas ao significado do termo “agulha”, do termo “palheiro”, etc. Penso que agulha num palheiro é improvável, quando não impossível, então, procurar agulha num palheiro é buscar no lugar errado, e não somente tentar algo muito difícil. Significa que já passou da hora de mudar o ambiente de procura.
E, por incrível que pareça, essa conclusão me deixou um pouco mais feliz. Trauma de infância é fogo...
Obrigado pela paciência de lerem isto até o fim...
14 de setembro de 2008
Para G, J e L...
Inicio homenageando meus parceiros de blog. Penso, atualmente, que amizade não tem receita, formato ou medida. Então, por mais que, num padrão absolutista qualquer, não sejamos um grupo de amigos tipo “Goonies” ou “Sexy And The City”, com trilhões de momentos compartilhados e mães que se conhecem (relativizem essa afirmação), creio que, por alguns momentos, desenhamos, uns nas almas dos outros, pedaços relevantes de nossas aflições, esperanças e alegrias, e isso fez de nós algo que eu chamo de amigos.
Olhando para trás reconheço um medo que me perseguiu durante muito tempo: ser incapaz de gostar das pessoas. Sempre lidei com os outros mais como inimigos e adversários do que como parceiros e companheiros. Obviamente, insegurança e problemas de auto-estima permearam minha vida como a de grande parte da minha geração, e isso talvez tenha contribuído para a fobia que eu sentia da amizade em geral e das suas “terríveis” condições de existência: compromisso, generosidade, lealdade, sinceridade, etc... O tempo passou e eu aprendi a fugir melhor desse meu demônio interno, e me relacionar de forma menos destrutiva com “os outros”. Foi nesse momento da vida que conheci meus parceiros de blog e, cada um, a sua maneira, contribuiu para que eu me tornasse menos introspectivo e autocentrado, ou seja, melhor um pouco.
Não nego que sejamos imperfeitos como amigos, mas talvez a nossa imperfeição seja o link que nos agrupe nesse mundo cada vez mais socialmente idealista.
De qualquer forma, e aqui começo meu pedido de desculpas, reconheço que poderia ter me dedicado mais a vocês, meus parceiros de blog, como verdadeiros amigos que são, e que muitas vezes (e pelas mais diversas razões) fiquei com saldo devedor na relação débito-crédito da nossa amizade. Mas como agora minha vida gira em torno da anistia, que numa leitura livre significa “perdão-esquecimento” espero que relevem meus deslizes.
Para os demais leitores deste post, muitos dos quais, diferentemente dos redatores, não me conhecem, alerto que parte do que foi dito até aqui pode não ser verdade; afinal, como eu disse no início, é melhor ser hollywoodiano que ser verdadeiro....
ALMOST A SERIAL KILLER...
Which Dexter Character Are You?
You scored as a Dexter Morgan
As a strongly secretive soul, you try to hide your inner most self from others and disguise it in a shell of normality. You have a borderline schizoid personality though, and this occasionally manifests itself in some disturbing ways. Finding it easy to detach from others, you sometimes find people calling on you for advice and guidance. Because of your reclusive personality, you have small circle of friends that you would care for deeply, if you had to...
Sergeant James Doakes ______ 100%
Rudy Cooper ______ 100%
Dexter Morgan ______ 100%
Paul Bennett ______ 80%
Angel Batista ______ 80%
Harry Morgan ______ 80%
Rita Bennett ______ 70%
Vince Masuka ______ 60%
María LaGuerta ______ 60%
Debra Morgan ______ 50%
Queria ter sido uma Debra, mas acho que sou mais Dexter mesmo!
12 de setembro de 2008
THE FIRST TASTE
A primeira que vou comentar aqui é True Blood, a mais recente aposta da HBO. A série está começando agora, quer dizer começou semana passada, mas só teve um capítulo até agora então todo mundo interessado poderia baixar e assistir.
Eu vi o piloto que vazou há um mês mais ou menos e ele estava cheio de falhas e cenas faltando, e mesmo assim eu já tinha gostado muito por conta de toda a atmosfera da série e da atriz principal, a Anna Paquin (Vampira de X-Men).
A personagem principal é uma garçonete que lê mentes e se apaixona por um vampiro e, falando assim, parece que a série é bem mais tosca do que na verdade é.
A estória se passa em New Orleans e o sotaque da Anna Paquin está sofrível, um sotaque sulista carregado ao extremo ( juro que estou sendo muito boazinha) e o roteiro poderia ser melhor do que é.
Resumindo nem eu sei por que gostei tanto, mas no final é bom mesmo, pelo menos pra quem gosta do gênero.
Quem assina a produção é Alan Ball, o mesmo de Six Feet Under, uma série que eu não assistia muito, mas que conquistou fãs no mundo todo e que já tinha um quê de sombria.
Convida a Andréa pra postar aqui também, ela é mais legal que todo mundo aqui junto e provavelmente nem tem tempo pra escrever sobre nada porque ela fica ocupada VIVENDO...
11 de setembro de 2008
Large Hadron Collider
Bem... Aparentemente nada aconteceu.
Pelo menos a página inicial do google mudou por um dia.
10 de setembro de 2008
Sofrido..
9 de setembro de 2008
Coisas do Interior...
Mais um domingo usual, voltando da Capital Goiania junto com a namorada as 21hs da noite. Entre malas e travesseiros e outras coisas que mulheres carregam me vi com as mãos cheias e por descuido larguei minha própria mala no corredo do prédio... uns 15min depois me lembrei e a resgatei.
Uns 30 min depois a síndica bate na minha porta toc, toc...
- Oi me falaram que tinha uma mala aqui no corredor e foram correndo me avisar, não sabiam de quem era...
jacs fala:
- .... é minha já peguei tens uns 15 min! (pensando: - será que acharam que era uma bomba!?)
Sindica...
- Ahhh tá e que foram me avisar e falaram para eu vir ver o que era o que tinha acontecido, então ta TUDO certo né!??
jacs:
- Sim... (pensando: pq geralmente velhinhas gostam de conversar comigo e insitem em alongar uma conversa que sequer nunca precisaria ter ocorrido???)
Sindica:
- Boa noite então tá...
jacs:
- tá.. (fechando a porta rapidamente antes que ela falasse algo mais....)
Fiquei alguns segundos pensando nisso e queria ter perguntado quem foi a pessoa que foi tão rapidamente avisar a sindica, que tinha uma mala no corredor em frente a minha porta...
Pensamento inteligente do momento: porque essa pessoa apenas nao bateu na minha porta e me avisou da mala esquecida!? por isso postei... Coisas do Interior, só pode ser isso!!!!!
Re-começo de assuntos inacabados...
Fica aqui meu convite aos membros da equipe a se juntarem a nós e que os amigos dos amigos nos visitem e que este blog prospere durante 7 vezes 7 anos...