A algum tempo atrás, quando eu estudava e frequentava o jardim, "tia Olga" muito atenciosa me ensinou sobre os números. Nesse tempo em que a vida era fácil, os danados começavam em 1 e acabavam no 10. O tempo foi passando e a família dos números foi crescendo, chegou ao 100, bateu a casa dos 1000 chegando até o simbólico infinito.
Depois vieram com uma história racista e segregadora de que os números se dividiam em conjuntos e podiam ser negativos, uma lição muito importante que a gente custa a aplicar na hora de ir às compras. Nesse estágio do meu aprendizado matemático, o 0 (zero) não era mais um mero acompanhante do 1. Agora ele o elemento neutro! Aquele que separava os números negativos dos positivos, a pedra fundamental - o início de tudo. Com o tempo a gente envelhece e a coisa vai ficando meio irracional, e acabamos descobrindo que não só nossas vidas ficaram complexas como os números também!
E o tal do elevador? Onde entra nessa história?
Bem...
Digamos que você entra no elevador e se depara com aquele painel cheio de botões que normalmente se iniciam no P (de portaria), depois 1, 2, 3, etc... Como a tia do primário nos ensinou. Se você entra num elevador assim, é um cara de sorte! Agora, digamos que o seu elevador é de uma safra mais recente, e que no lugar do P (de portaria) colocaram um baita 0 (zero), que pode até vir acompanhado de um -1 para substituir o G (de garagem). Até aí tudo bem, né? É... Mas e quando no lugar do P (de portaria), do G (de garagem) ou do M (de mezanino), resolvem colocar 0 (zero) e 00 (zero zero)? Ou o mais trágico de todos -0 (zero negativo?????)? Os ancestrais da "tia Olga" numa dessas devem ter saculejado seus esqueletos em seus caixões! Quem vem primeiro? Ou melhor, onde vou parar se decidir descer no nível 00 (zero zero)?