17 de janeiro de 2009

Meu encontro com "ele"...

Domingo é dia de almoçar com a família, tirar aquela pestana a tarde, ir à missa e depois dar uma voltinha com as amigas. Talvez não nessa ordem, mas o que importa é que cumpri o meu ritual dominical como deve ser feito...
Já no fim da tarde, fui a um barzinho com uma amiga para colocarmos as fofocas em dia. A pauta do dia, eram os "inomináveis" que hora apareciam e hora sumiam do mapa, nos deixando com os corações na mão. Acho que com a idade essa coisa de "You're hot then you're cold/you're yes then you're no..." perde o sentido pois teoricamente já deveríamos saber o que queremos. Mas vá lá... Daremos um desconto aos "inomináveis" pois meu encontro com "ele" me despertou a razão.
A noite caiu, a cerveja subiu e as horas se passaram. O trajeto até minha casa foi tão rápido que nem tive tempo de me acomodar no banco do carro, mas foi o suficiente para pensar! Pensar em como essa vida errante já não tem mais graça; pensar que tudo o que eu queria era chegar em casa e dizer "oi, cheguei" por qualquer meio de comunicação: seja fibra ótica, sinal de fumaça ou até mesmo o bom e velho fio de cobre. O que eu não sabia, é que o destino me reservava uma surpresa, dessas típicas dos clássicos do cinema!
Lentamente, subi as escadas que levam a portaria do prédio. Estava distraída, com a cabeça cheia de vontades... Só percebi o vulto correndo de uma jardineira à outra, passando por mim como um raio. Meu coração gelou! Dei uma descarga mental e despachei tudo o que se passava na minha cabeça para me concentrar no que estava acontecendo ali, naquele momento. "Ele" estava bem a minha frente, escondido atrás do vaso de plantas logo ao lado do portão. Do carro as meninas gritaram: " O que é isso?" Pé ante pé caminhei até o vaso, com muito cuidado para não assutá-lo. abaixei um pouco o corpo e me inclinei para ver o que havia atrás do vaso. Foi então que eu "o" vi. Meu coração se encheu de candura, mas o feedback foi extremamente negativo, como tem sido com os seres do gênero masculino. Veio um novo grito do carro: "O que é?", e eu respondi cheia de alegria com esse inesperado encontro: "É um gambá!!". As meninas riram aliviadas e partiram, e eu fiquei ali sorrindo praquele bichinho assustado. Tentei me aproximar, mas nitidamente os pelos de suas costas se eriçaram e o ruído que saiu de sua boquinha não foi muito estimulante... Mais uma reação típica dos machos... Saquei meu celular da bolsa e tirei logo umas três fotos para registrar esse momento mágico.
Minha presença deve ser muito assustadora porque eu ainda tentei passar o bichinho pra dentro do prédio com a intenção de providenciar algo de comer e beber. Só que ao abrir o portão o que se viu foi a grande fuga: acho que ele juntou todas as suas energias e correu pra longe de mim, rumo a rua sem nem dar uma olhadinha pra trás, enquanto que do portão, eu o acompanhava com o olhar dizendo baixinho, só pra eu ouvir: "Vem cá bichinho, deixa eu cuidar de você..."

Ó a foto dele no post abaixo...

3 comentários:

jacs disse...

bom ir a missa eu sei que vc não vai mesmo!! bem o tal visitante é uma "graxinha" talvez devesse ter pego ele rapidamente e ver no que dava! algumas mordidas são legais e vc poderia narrar o fato aqui com detalhes pitorescos...

bom estes inominaveis são coisas de mulheres solteiras a solta... nenhum possivel pretendente vai querer ser comparado com um gambá!

tenho dito!

Andréa e Deise disse...

Machos querem ser cuidados. Mas não no 1o encontro.

huhuhu

salamandra disse...

Pois é, CC...
Apesar da péssima receptividade, tenho certeza que se houver um próximo encontro, vou ser gentil novamente!