14 de setembro de 2008

Para G, J e L...

Já me disseram que é melhor ser verdadeiro que ser agradável, mas tenho certeza que é melhor ser hollywoodiano que ser verdadeiro, então vou dramatizar um pouco e começar minha participação por aqui com uma homenagem e um pedido de desculpas.
Inicio homenageando meus parceiros de blog. Penso, atualmente, que amizade não tem receita, formato ou medida. Então, por mais que, num padrão absolutista qualquer, não sejamos um grupo de amigos tipo “Goonies” ou “Sexy And The City”, com trilhões de momentos compartilhados e mães que se conhecem (relativizem essa afirmação), creio que, por alguns momentos, desenhamos, uns nas almas dos outros, pedaços relevantes de nossas aflições, esperanças e alegrias, e isso fez de nós algo que eu chamo de amigos.
Olhando para trás reconheço um medo que me perseguiu durante muito tempo: ser incapaz de gostar das pessoas. Sempre lidei com os outros mais como inimigos e adversários do que como parceiros e companheiros. Obviamente, insegurança e problemas de auto-estima permearam minha vida como a de grande parte da minha geração, e isso talvez tenha contribuído para a fobia que eu sentia da amizade em geral e das suas “terríveis” condições de existência: compromisso, generosidade, lealdade, sinceridade, etc... O tempo passou e eu aprendi a fugir melhor desse meu demônio interno, e me relacionar de forma menos destrutiva com “os outros”. Foi nesse momento da vida que conheci meus parceiros de blog e, cada um, a sua maneira, contribuiu para que eu me tornasse menos introspectivo e autocentrado, ou seja, melhor um pouco.
Não nego que sejamos imperfeitos como amigos, mas talvez a nossa imperfeição seja o link que nos agrupe nesse mundo cada vez mais socialmente idealista.
De qualquer forma, e aqui começo meu pedido de desculpas, reconheço que poderia ter me dedicado mais a vocês, meus parceiros de blog, como verdadeiros amigos que são, e que muitas vezes (e pelas mais diversas razões) fiquei com saldo devedor na relação débito-crédito da nossa amizade. Mas como agora minha vida gira em torno da anistia, que numa leitura livre significa “perdão-esquecimento” espero que relevem meus deslizes.
Para os demais leitores deste post, muitos dos quais, diferentemente dos redatores, não me conhecem, alerto que parte do que foi dito até aqui pode não ser verdade; afinal, como eu disse no início, é melhor ser hollywoodiano que ser verdadeiro....

3 comentários:

letyleal disse...

É muito melhor ser hollywoodiano que ser verdadeiro....nem tem como comparar...

PS: Aceito a morte inevitável....até porque seu texto está muito legal mesmo.

Anônimo disse...

senti um fundo de verdade nesse Hollywoodiano! Quanto a vc estar em debito agora digo com todas as palavras! ODIAVA quando jogavamos RPG e vc dormia sentado!
mas vc ja se desculpou então ta tudo certo!

salamandra disse...

Prefiro acreditar que o fato de ser um post hollywodiano se refere mais à dramaticidade do que à sinceridade do autor.